02/10/14

Utentes do hospital de Loures exigem gestão pública

As comissões de utentes dos transportes e do hospital de Loures, concentraram-se pela segunda vez junto à unidade de saúde para criticar a falta de transportes públicos e exigir uma gestão pública do hospital.

Cerca de três dezenas de representantes das comissões de utentes de Loures e de Odivelas, dois dos concelhos servidos pelo hospital, manifestaram-se pela segunda vez este ano contra a "falta de transportes públicos" para a unidade de saúde, aquela que tem sido a principal queixa dos utentes e nesse sentido foi distribuído um comunicado à população.

Contudo, as recentes Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) lançadas ao Espírito Santo Saúde (ESS), entidade que gere em regime de parceria público privada o Hospital de Loures, motivam também "bastante preocupação" junto dos utentes, que temem que "a qualidade do atendimento seja afetada". 

"Saúde é um grande negócio"
"O facto de existirem tantos grupos lançados para OPAS significa que a Saúde afinal é um grande negócio. Eles estão interessados no lucro e não nos utentes", afirmou Henriqueta Sabino, da CUTSAC/F.

A ESS é atualmente detida maioritariamente pela Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES) que, a pedido da própria, se encontra sob gestão controlada pelo Tribunal do Comércio do Luxemburgo desde o dia 29 de julho de 2014. 
"O facto de existirem tantos grupos lançados para OPAS significa que a Saúde afinal é um grande negócio. Eles estão interessados no lucro e não nos utentes", afirmou à agência Lusa Henriqueta Sabino, da CUTSAC/F. 

Nesse sentido, as Comissões de Utentes defendem que o Hospital Beatriz Ângelo deverá passar para gestão pública, posição igualmente defendida pela Câmara de Loures. 

Relativamente aos transportes públicos, os utentes continuam a reivindicar pelo aumento do número de carreiras diretas para o hospital, a redução do preço dos bilhetes e a entrada de mais viaturas dentro do recinto do Beatriz Ângelo. 
"As comissões vão continuar a reunir e, se a situação continuar, iremos pensar em novas formas de luta para protestar", asseguraram os representantes das comissões.

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