10/07/14

Utentes do hospital de Loures voltam a pedir mais transportes

Quem vai de autocarro tem de subir cerca de 500 metros a pé para chegar ao edifício, que abriu portas em Janeiro de 2012 para servir 278 mil habitantes.
As comissões de utentes, concentraram-se esta quarta-feira junto à unidade de saúde para criticar a falta de transportes públicos e reivindicar mais carreiras directas.

Mais de dois anos depois da abertura do Hospital Beatriz Ângelo, a falta de transportes públicos continua a ser a principal queixa dos utentes, que têm realizado várias acções de protesto.


Esta manhã, um grupo de representantes das comissões de utentes de Loures e de Odivelas, dois dos concelhos servidos pelo hospital, concentrou-se no exterior da unidade de saúde para alertar para as dificuldades de acesso. "Estamos aqui porque exigimos transportes dignos, frequentes e que entrem dentro do hospital", explicou à agência Lusa Henriqueta Sabino, da Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Loures.

A representante exemplificou que os utentes têm de percorrer desde a paragem até à entrada do hospital cerca de 500 metros, uma vez que são ainda poucos os autocarros que entram no recinto hospitalar.

"Estamos a falar de um percurso longo e com uma inclinação acentuada. Imagine a dificuldade que não é para alguém com mobilidade reduzida ou em dias de chuva", argumentou.

Outras reivindicações
O aumento do número de carreiras directas para o hospital, a redução do preço dos bilhetes e a entrada de mais viaturas dentro do recinto são as principais reivindicações dos utentes.

Henriqueta Sabino disse ainda que os utentes vão continuar a exigir a melhoria dos acessos junto de todas as entidades responsáveis e que ponderam avançar com novas formas de luta.

Contactado pela Lusa, o administrador executivo do Hospital Beatriz Ângelo reconheceu a persistência de problemas de acesso àquela unidade de saúde, mas ressalvou que a administração tem feito todas as diligências para minorar o problema. "Tem existido da nossa parte um grande esforço junto dos operadores de transportes e das autarquias para fazer face a alguns desses problemas. Penso que foram feitos alguns avanços", considerou.

Nesse sentido, Artur Vaz lembrou que existe um projecto para que no futuro venham a entrar mais autocarros. No entanto, o responsável explicou que se trata de um investimento que carece de um financiamento "ainda bastante significativo". "Uma vez que este hospital resulta de uma parceria público privada terá ainda de se aferir de quem será a responsabilidade de financiar as obras. Para já ainda não existe uma previsão de quando é que isso acontecerá", apontou.

O hospital abriu portas em Janeiro de 2012 para servir 278 mil habitantes dos concelhos de Loures, Odivelas, Mafra e Sobral de Monte Agraço.

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